Disseminação de conteúdos digitais em múltiplas plataformas e blogue como ferramenta para jornalismo digital

É possível dizer que a informação é um dos órgãos vitais do ser humanos. Ou seja, a comunicação é e sempre será o maior senão imprescindível veículo para a transmissão de informação e conhecimento entre os humanos, o que permite com que esses possam saber dos fenómenos que os rodeias (fenómenos naturais, políticos, sociais, entre outros).

A invenção e evolução da comunicação bem como dos seus dispositivos (facilitadores de partilha de conteúdos) vem acompanhando a nossa vida desde que o homem se comunicou pela primeira vez com os seus próximos. Sempre quis facilitar a troca de informação e conhecimento e “matar as distâncias”.

Desde a invenção da prensa de Gutenberg em 1430 (desenvolvimento da leitura), passando pelo invento da rádio em 1895 (o ouvido como principal órgão para se informar), da televisão em 1927 (olho e ouvido como elementos de captação de informação) até ao computador mediado pela internet (1946 e 1969) como parte do sistema que “acaba com as barreiras de comunicação” entre os humanos, o mundo nunca havia assistido uma avalanche da disponibilização e partilha de informação desde a sua criação.

Não é por acaso que o Marshall McLuhan vaticinou em 1964, o mundo como uma aldeia global, pela tendência evolutiva dos meios de comunicação com uma ligação entre as pessoas num mundo que ficava cada vez mais pequeno perante as novas tecnologias da comunicação. As ferramentas são muitas, usadas entre os jornalistas e o seu público e de forma individual, mas todos conectados à mesma rede.

Esse mundo dos media digitais e suas ferramentas, ainda assistirá mais invenções a onde os outros ficarão obsoletos como é o caso da cassete, cd, usb flash, da rádio e televisão analógicas e o jornal impresso, entre outros (o número de impressão vem diminuindo em todo o mundo, houve migração do sistema analógico para o digital de transmissão do sinal de televisão, faltando o da rádio, mas em alguns países já estão emigrando como é o caso da Noruega, em 2017).

Quanto ao nível do uso dos media digitais, lembremos o pensador francês Pierre Lévy (2009) que acredita no pensamento de que, com a expansão dos media mediados pela internet, as pessoas se encontram numa cibercultura, a onde o ser humano é colocado diante de um mar de conhecimento, onde é preciso escolher, selecionar e filtrar as informações, para organizá-las em grupos e comunidades onde seja possível trocar ideias, compartilhar interesses e criar uma inteligência coletiva. Sempre foi assim antes da invenção dos media electrónicos.

Mas nos dias actuais, especialmente neste novo século, as pessoas foram brindadas pela criação de novos dispositivos digitais e múltipla plataformas para a disseminação de conteúdos jornalísticos que permitem uma disposição e partilha em tempo real. O que acontece em qualquer canto do mundo pode ser visto por qualquer um desde que tenha um dispositivo electrónico capaz de se conectar à internet.

A disseminação dos mesmos conteúdos já não é feita de forma unidirecional entre os jornalistas e as audiências. Com os media digitais, os jornalistas têm publicado, disseminado e partilhado os seus conteúdos, primeiro, em sítios de internet e blogs e segundo, em outras plataformas como Facebook, Youtube, Twitter, entre outros dependendo da estratégia de cada meio de comunicação para atingir a sua quota parte audiência mais exigente na produção de conteúdos de qualidade.

Os novos media conectados à internet vieram para ficar e ser mais uma valia como ferramentas para a disseminação de conteúdos jornalísticos que alcança a maior parte do público diferentemente do tempo dos media tradicionais. Porém, devido à pirataria informática, em que algumas das ferramentas dos media digitais vem assistindo, os jornalistas vêm sendo desafiados, não só na questão dos direitos autorais, mas também no pagamento pelo conteúdo acessado.

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