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ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DE UM WEBSITE: CASO MERCEARIA SOUSA INVESTIMENTO

1.      INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho tem como tema Estratégia para o desenvolvimento de um Website: caso mercearia Sousa investimento. A justificativa do tema dá-se pela sua actualidade na medida em que vislumbra-se a necessidade de ampliar as estratégias de disponibilização e acesso aos produtos no mercado de investimentos. Outrossim, pela constante popularização das tecnologias digitais de  informação e comunicação, alterando assim, o  modus vivendi das sociedades, sobretudo, no mercado empresarial. Daí a necessidade de debater em torno de estratégias para o desenvolvimento de um Website, isto é, partindo de um caso concreto. E, portanto, o que vai delimitar e/ou circunscrever o nosso trabalho é a seguinte questão: Partindo do caso da mercearia Sousa investimento, que estratégias adoptar para o desenvolvimento de um website?

1.1.Objectivo geral

  • Analisar as estratégias para o desenvolvimento de um Website a partir do caso mercearia Sousa investimento

1.2.Objectivos específicos

  • Contextualizar, conceitual e historicamente, a questão do Website;
  • Identificar o défice do não uso do Website na mercearia Sousa investimento;
  • Elencar as estratégias para o desenvolvimento de um Website.

 

2.      Metodologia

 

Metodologicamente, para a realização deste trabalho, fez-se uso do método bibliográfico e quantitativo. E também técnica hermenêutica, que consiste na recolha, leitura, análise e interpretação de textos, o que permitiu a compressão das ideias do tema em questão.

Estruturalmente, o trabalho apresenta um índice e uma introdução. E, no âmbito do desenvolvimento, apresenta a contextualização conceitual  e o desenvolvimento do tema. E, finalmente, apresenta uma conclusão e referências  bibliográficas.

3.      Contextualização Conceitual

 

Einstein apudLévy (1999: 13), postula, em uma entrevista, que três grandes bombas haviam explodido no século XX, no caso, a bomba demográfica, a bomba atómica e a bomba das telecomunicações. A explosão última é denominada como o segundo dilúvio, este que é causado pelo início da era digital, onde ocorre uma enorme e contínua libertação de dados, resultante da crescente facilidade de conexão entre os indivíduos.

A ideia de partilha e de fácil acesso esteve subjacente à sua criação e contribuiu para o seu sucesso, tendo o seu crescimento superado qualquer expectativa. Todos os que a utilizam e que para ela contribuem reconhecem a sua riqueza, podendo contribuir para o desenvolvimento da inteligência colectiva.

Mas o que é a internet? No entendimento de Júnior e Patrício (2015: 9), a Internet é basicamente uma coleção de computadores, todos conectados  em conjunto a uma grande rede. Sua topologia provê um mecanismo de acesso e entrega da informação de modo que fragmentos desta possam tomar múltiplas rotas de um ponto a outro. Essas múltiplas rotas tornam a rede incrivelmente robusta – se uma parte falha, a informação pode ainda viajar por outras rotas alternativas.

Na internet, a informação tipicamente toma a forma de: i. Pedidos por informações ou serviços; ii. Respostas contendo a informação ou resultado de um serviço; iii. Respostas informativas, isto é, as razões por que o serviço ou informação não pode ser entregue.

Rocha (2000: 3), argumenta que a internet surgiu nos EUA, no contexto da guerra fria, quando a Russia instalou bombas nucleares em Cuba, o governo dos EUA viu a necessidade de conectar as suas bases militares através de uma rede. É neste contexto de temor nuclear que surge a ARPANET (Advacendreserchprojects network), que ligou vários computadores de algumas universidades e bases militares. Na década de 80, surgiu a rede nacional de pesquisa NSFNET, que conectou cinco grandes centros regionais de supercomputação. Desde modo, a ARPANET e a NSFNET constituíram a espinha dorsal da internet como é hoje.

Numa linguagem técnica, o website ou site é uma coleção de páginas HTML estáticas, ou seja,que não interagem comumbancode dados através de  umalinguagemdeservidor Web. Ouseja, aquitodo o conteúdo está escrito diretamente no documento HTML, assim com as imagense outras mídias. Claroque,para qualquer página Webserfornecidapublicamente a mesma deveestarhospedadaemum simplesservidor Web.

Sebrae (2010: 11), anuncia que website ou site é um local na rede mundial de computadores onde estão reunidas informações sobre determinado tema – uma pessoa, uma empresa, notícias, piadas, vídeos etc. – podendo ser acessado por qualquer usuário no mundo que conheça seu endereço. No caso de um site empresarial, ele deve apresentar informações da empresa. É como se fosse sua sede dentro da internet. Portanto, deverá ser o ponto central da sua estratégia de comunicação virtual com os clientes. A internet não tem fronteiras, por isso os sites alcançam a todos os que pode acessar a internet.

4.      A Internet e a transformação global dos mercados

Atualmente, com o desenvolvimento da Intenet, o mundo vive num contexto de constante popularização das tecnologias digitais de  informação e comunicação, e estas alteraram o  modus vivendi das sociedades, proporcionando diferentes práticas sociais e meios de comunicação. As mídias digitais, principalmente a Internet, deixaram de ser exclusivas do computador de mesa, sendo agora parte de outros espaços, como ruas,  praças, bancos, restaurantes etc.

Rogers (2017: 11), sustenta que com a emergência de novas tecnologias de comunicação e informação, principalmente a internet, as regras de negócios mudaram. Em todos os setores de atividade, a difusão de novas tecnologias digitais e o surgimento de novas ameaças disruptivas estão transformando modelos e processos de negócios. A revolução digital está virando de cabeça para baixo o velho guia de negócios.

Kenskiapud Rogers (2017: 22) afirma que a velocidade das alterações no universo informacional cria a necessidade de permanente atualização do homem para acompanhar essas mudanças. As tecnologias da comunicação evoluem sem cessar e com muita rapidez. A todo instante novos produtos diferenciados e sofisticados telefones celulares, faz, softwares, vídeos, computador multimídia, Internet, televisão interativa, realidade virtual e videogames são criados.

Os antigos modelos de negócios estão sendo ultrapassado, por via disto, urge a necessidade de adotar as novas tecnologias. A criação de websites é uma das medidas necessárias para que os negócios sobrevivam e cresçam na era digital. Até porque, de acordo com Guimarães e Ribeiro (2007: 62) apesar das estatísticas mostrarem que atualmente, as pessoas usam mais internet para trocar mensagens, o número de compras e vendas online está a crescer de forma cada vez mais significativa. A cada dia surgem websites para fornecer produtos e serviços para as pessoas.

5.      Website em Moçambique: porquê?

O último censo populacional, em 2021, constatou que Moçambique tem 33,7 milhões de habitantes, e o instituto nacional de comunicações (INCM) cerca de 20% da população moçambicana tem acesso a internet. Apesar dos números estarem abaixo da média dos outros países, revelam que, na internet, existe a possibilidade de alcançar cerca de 6,74 milhões de moçambicanos. Portanto, aderir a internet é uma decisão necessária para o desenvolvimento dos negócios.

A população com acesso a internet pode ser alcançada de diversos modos, como, por exemplo, o WhatsApp, o YouTube, o Facebook, o Instagram, etc. Contudo, há um meio não tão usado pelas pequenas e médias empresas, no caso, o website. A mercearia Sousa Investimentos é um exemplo claro deste fenômeno.

Um inquérito realizado a 100 clientes da Meaceria Sousa investimentos, que se dedica a venda de vários produtos de grande consumo, sobretudo alimentos, produtos de higiene, bebidas e objetos de uso doméstico, 90% deles relatou que faz uso da internet pelo menos uma vez por semana. Além disso, 73% afirmou que a existência de um website, onde os produtos estariam a venda seria benéfica, na medida em que, pouparia o tempo necessário para a deslocação.

Os dados acima mencionados demostram que a maior parte dos clientes apoiam a ideia de realizar compras online. A empresa deve abandonar o que Rogers (2017: 16), designa como o velho modelo de negócios. Pois o negócio “jurássico”, rígido e incapaz de adaptar-se, é apagado. O futuro pertence aos novos pioneiros e às start-ups digitais, a aqueles que aceitam a mudança e fazem uso das tecnologias emergentes.

Sebrae (2010: 18), afirma que com um site na internet, as empresa mantém uma enorme comunidade de clientes diretamente conectados e com eles compartilha informações online que convergem para compra de produtos disponíveis. Em Moçambique, é possível encontrar diversos comerciantes que não possuem uma loja física, mas vendem e interagem com os clientes através de sites e/ou outros meios da internet. Portanto, o e-Commerce, apesar de estar numa fase embrionária, é uma realidade.

Estratégias para ter um site de sucesso

Rogers (2017: 20), sustenta que as tecnologias digitais mudaram a maneira como nos conectamos com os clientes e lhes oferecemos valor. Muitos de nós crescemos em um mundo em que as empresas transmitiam mensagens e forneciam produtos aos clientes. Hoje, porém, a relação é muito mais interativa, de mão dupla. Não obstante, as empresas conversam com os seus clientes.

Agora, as mensagens e as avaliações dos clientes os tornam muito mais influentes que a propaganda e as celebridades, transformando a participação dinâmica dos clientes em indutor crítico do sucesso das empresas. Além disso, vivemos numa era de constantes transformações e mudanças, os clientes migram de um lado pata o outro sem parar.

Rogers (2017: 21), postula que em face de todas as transformações, vê-se como as forças digitais estão reformulando cinco domínios fundamentais da estratégia para o desenvolvimento do e-Commerce, no caso: clientes, competição, dados, inovação e valor.

5.1.A formação de uma rede de clientes

O primeiro domínio da transformação digital é o dos clientes, ao longo da história, os clientes foram considerados como um agregado de atores, ao qual se dirigiam o marketing e a propaganda. Os clientes eram vistos como um aglomerado, como uma massa, e os produtos eram criados para o maior número de pessoas possíveis.

Atualmente, os clientes não são apenas um massa, mas formam uma rede de clientes, que vivem conectados, clientes se conectam e interagem dinamicamente, por meios e modos que estão mudando suas relações entre si e com as empresas. Neste contexto, Rogers (2017: 21), anuncia que hoje, os clientes estão o tempo todo influenciando-se reciprocamente e construindo a reputação das empresas e das marcas.

As marcas criam sites onde os clientes dialogam, trocam experiências, promovem as virtudes e vícios das empresas. Deste modo, as empresas não vendem apenas os produtos, mas vendem um modus vivendi, atrelado a uma m semiótica dos seus produtos. Portanto, há necessidade de criar fóruns onde os clientes encontrem tais possibilidades.

5.2.Competição diferenciada

Rogers (2017: 22), argumenta que a segunda estratégia para desenvolver um site de sucesso é a competição. Tradicionalmente, competição e cooperação eram vistas como opostos binários: as empresas competiam com empresas rivais muito parecidas com elas mesmas e cooperavam com parceiros da cadeia de fornecimento que distribuíam seus bens ou forneciam os inputs necessários para a sua produção.

No contexto atual, as empresas não precisam disponibilizar o mesmo tipo de produto para que sejam concorrentes, porque, como dissemos antes, as empresa não vendem apenas produtos, mas o significado dos mesmos, vendem um estilo de vida. A mercearia Sousa, não tem apenas como rival as outras mercearias ao redor, mas todas as empresas que vendem produtos atrelados ao mesmo tipo de valores.

Para superar a competição Rogers (2017: 22), propõe que o website disponibilize uma experiencia unica ao cliente, que promova valores e significados com um difrrencial dos oferecidos pelo mercado.

5.3.Gerenciamento de dados

Os sites criados para possibilitar que os clientes tenha uma comunicação em rede, geram comentários, avaliações, elogios, reclamações e outros tipos de reações dos consumidores. Se antes o consumidor devia apenas consumir quieto, agora nasce um novo tipo de consumidor ativo e consciente, cuja a voz ecoa pelos confins da web.

Rogers (2017: 23) sustenta que até algum tempo atrás, os dados eram produtos de ações deliberadas a pesquisas de clientes e de inventários físicos, que eram parte dos próprios processos de negócios fabricação, operações, vendas, marketing. Os dados resultantes eram usados principalmente para previsões, avaliações e tomada de decisões. Antes, os dados só eram alcançados mediante o interesse da empresa, mas agora, estão sempre lá, há um constante dilúvio de dados. Portanto, as empresas deve tomar fazer uso das ferramentas de análise de dados (big data), para através das informações presentes no site, criarem projeções para o futuro, tomando melhores decisões.

5.4.Inovando constantemente

A quarta estratégia do desenvolvimento de um site é a inovação. Este processo permite a criação, desenvolvimento e lançamento de novas ideias e produtos mercado. Antes do advento da internet, os produtos eram criados e lançados ao publico sem antes buscar a opinião do mesmo sobre o produto. Pode-se dizer que a inovação era um “tiro no escuro” um golpe de sorte, que podia fracassar ou dar certo, dependendo da recepção da ideia pelo público.

Rogera (2017: 24), defende que as empresas de hoje demonstraram que as tecnologias digitais possibilitam que se encare a inovação de maneira muito diferente, com base no aprendizado contínuo, por experimentação rápida. À medida que facilitam e aceleram mais do que nunca o teste de ideias, é possível receber feedback do mercado desde o início do processo de inovação, mantendo-o constante até o lançamento, e mesmo depois.

A criação de um novo tipo de promoção e/ou produto, pode chegar ao cliente em apenas um clique e o cliente pode dar a sua opinião em apenas um clique. Portanto, as empresas devem usar seus sites para realizar estes testes, pois transformam a inovação em um caminho quase que de certeza.

5.5.A metamorfose de valores

Toda empresa não vende apenas produtos, mas vende valores e o significado dos mesmos na sociedade. Os ideias de boa saúde, status, riqueza, amor, solidariedade, estão constantemente estampadas nos produtos, constituem a semiótica dos signos disponibilizados no mercado.

Rogers (2017: 23), diz que tradicionalmente, a proposta de valor da empresa era considerada duradoura ou quase constante. Os produtos podiam ser atualizados; as campanhas de maketing, revigoradas; ou as operações, melhoradas; mas supunha-se que o valor básico oferecido pelo negócio aos clientes era constante, definido pelo setor de atividade (por exemplo, as empresas automobilísticas ofereciam transporte, segurança, conforto e status, em diferentes graus).

Kenskiapud Vilaça e Araújo (2016: 23), detecta que a velocidade das alterações no universo informacional cria a necessidade de permanente atualização para acompanhar essas mudanças. As tecnologias da comunicação evoluem sem cessar e com muita rapidez. A todo instante novos produtos diferenciados e sofisticados telefones celulares, faz, softwares, vídeos, computador multimídia, Internet, televisão interativa, realidade virtual e vídeo-games são criados. Alem disso, novos significados são atribuídos constantemente, como forma que dar vida as empresas.

Os sites, devem concorrer para a continua metamorfose de valores, permitindo que as empresas tenham uma vida longa, neste mundo de constantes mudanças onde o liquido não tem tempo suficiente para virar sólid

 

6.      CONCLUSÃO

 

Como podemos acompanhar no desenvolvimento do trabalho, o Website é um local na rede mundial de computadores onde estão reunidas informações sobre determinado tema – uma pessoa, uma empresa, notícias, piadas, vídeos etc. – podendo ser acessado por qualquer usuário no mundo que conheça seu endereço. E, o mesmo, viu a possibilidade de ser a partir das transformações tecnológicas que o mundo vem assistindo. A Internet, em grande escala, mudou e muito a forma pela qual se olha para o mundo e, sobretudo, a forma como devemos lidar com o mundo de negócios. Atualmente, com o desenvolvimento da Intenet, o mundo vive num contexto de constante popularização das tecnologias digitais de  informação e comunicação, e estas alteraram o  modus vivendi das sociedades, proporcionando diferentes práticas sociais e meios de comunicação.

Essa metamorfose descrita acima, provocada pelas transformações digitais, obrigou e obriga as pequenas, médias e grandes empresas a se reinventar. À título de exemplo elencamos a mercearia Sousa investimento. A partir do inquérito feito, se pode perceber que a mercearia renderia muito mais se tivesse um Website. Aliás, a interação com os clientes seria muito mais produtivo e o marketing da mercearia alcançaria muito mais pessoas. Dito isto, o caminho para o sucesso no mercado de negócios em tempos onde reina a globalização é um e único: acompanhar os templos da globalização; tempos de Internet; tempos de vendas online, etc.

Pudemos ver também que não basta só desejar criar um Website, mas há uma necessidade de desenvolver estratégias para o sucesso de um Website. As estratégias, portanto, perpassam pela criação de uma rede de clientes; competição diferenciada; por um gerenciamento de dados; pelas inovações com vista a fazer face aos tempos da globalização e metamorfoses de valores. O mercado de negócios, em suma, deve procurar aguçar a veia competitiva engrenando nos modelos tecnológicos que os tempos oferecem sob ponto de vista a reinventar-se e garantir a satisfação e o maior alcance dos clientes e, consequentemente, garantir o seu sucesso empresarial

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