A Violência obstétrica
Hoje irei falar de um tema pouco abordado e que milhares de mulheres Moçambicanas vivem mais não sabem que trata se de um crime contra elas.
A Violência obstétrica
A violência obstétrica é uma forma de violação dos direitos humanos das mulheres, que afeta a sua saúde física, mental e emocional. Ela pode ocorrer em qualquer momento do ciclo reprodutivo, desde a concepção até o puerpério, e envolve atos ou omissões que causam dor, sofrimento, humilhação ou discriminação às mulheres que buscam atendimento em serviços de saúde. Alguns exemplos de violência obstétrica são:
- Negar ou dificultar o acesso à assistência qualificada e humanizada;
- Impor intervenções desnecessárias ou prejudiciais, como cesáreas, episiotomias, manobras de Kristeller, etc.;
- Desrespeitar as escolhas e preferências das mulheres sobre o seu parto, como a posição, o acompanhante, o local, etc.;
- Não informar ou obter o consentimento livre e esclarecido das mulheres sobre os procedimentos realizados;
- Não garantir a privacidade, a confidencialidade e o sigilo das informações das mulheres;
- Fazer comentários ofensivos, agressivos, irônicos ou debochados sobre o corpo, a sexualidade, a cultura ou a religião das mulheres;
- Não oferecer apoio emocional, acolhimento, respeito e empatia às mulheres;
- Não permitir o contato pele a pele e a amamentação precoce entre mãe e bebê;
- Separar a mãe e o bebê sem justificativa médica;
- Não respeitar o luto e a dor das mulheres que sofrem aborto, perda gestacional ou neonatal..
A violência obstétrica é um problema grave que afeta milhares de mulheres no mundo todo, e que pode ter consequências negativas para a saúde materna e neonatal, como traumas, infecções, hemorragias, depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, dificuldades de vínculo e amamentação, entre outras. Por isso, é importante que as mulheres conheçam os seus direitos, denunciem os casos de violência obstétrica e exijam uma assistência de qualidade, baseada em evidências científicas e no respeito à autonomia, à dignidade e à diversidade das mulheres.
Prezada Ediléria
Conteúdo bastante interessante os meus parabéns! Realmente a educação é o pilar para acabar com este mal. Algumas mulheres não conhecem os seus direitos.